Em primeiro lugar, fiquei decepcionado com o estado de conservação do interior do avião. Pensei: talvez sejam os portugueses que destróiem tudo - selvagens! Mas olhei à minha volta e no voo de Lisboa para Copenhague haviam mais nórdicos do que tugas. Talvez os vikings sejam os culpados!
Já na volta a Portugal, como não tinha nada para fazer, pus-me a ler a revista de propaganda ao turismo português que os aviões TAP levam consigo. Foi aí que encontrei inspiração/necessidade para escrever esta entrada. Havia uma entrevista com uma personalidade estrangeira qualquer - não me lembro quem - que já tinha visitado Portugal. Essa entrevista era nada mais do que uma colecção de coisas que o marcaram em Portugal - as boas coisas de Portugal no seu ponto de vista. Ele falava, entre várias coisas, do vinho do Porto. Afirmava que não dispensava de ter sempre uma garrafa no seu bar. Para ilustrar o tema, a revista põe sempre uma imagem dessa "coisa boa", neste caso o vinho do Porto. Estava ao canto da página uma fotografia de umas pipas cobertas de pó com datas antigas e tal. Referia-se claramente a uma cave do vinho do Porto. E para meu espanto, o que é que vinha como legenda? R. não sei quantos, número tal, Lisboa.
Até o vinho do Porto nos querem roubar!
Um turista pragmático ficará a pensar: "Para conhecer o melhor de Portugal, basta-me visitar Lisboa que o resto não não traz nada de novo"
Por isso, quero propor um negócio para os nortenhos e para o senhor Belmiro (eles têm o Sócrates, nós temos o Belmiro). Na nossa companhia aérea fictícia (já que a outra parece mais TAP - Air Lisbon) fazemos exactamente o mesmo que eles: colocamos numa entrevista semelhante uns pastéis de belém e como legenda de uma imagem deliciosa pomos - em qualquer Modelo/Continente na zona dos doces. No caso do Fado, dizemos: Bar "O Fado" junto ao muro dos bacalhoeiros, Ribeira, Porto.
O que me dizem?
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